domingo, 6 de abril de 2014

Congresso dos TSD em Albufeira | Passos Coelho disponível para discutir aumento do salário mínimo

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho participou na sessão de encerramento do Congresso dos Trabalhadores Social Democratas que decorreu em Albufeira, garantindo abertura do Governo para discutir aumento do salário mínimo e condições da negociação coletiva.

Foto Al-Fachar
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garantiu este domingo que o Governo está aberto ao diálogo com os parceiros sociais para que sejam discutidas alterações à legislação laboral. Em causa estão aspetos que o presidente do PSD admite não terem corrido bem no acordo de concertação social alcançado em 2012.
Durante o encerramento do XIII Congresso Nacional dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), em Albufeira, o presidente do PSD e primeiro-ministro insistiu no diálogo social. Passos Coelho projetou uma agenda de assuntos para discutir com os parceiros sociais.

Foto Al-Fachar
“Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação já este ano de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão daquilo que tem que ver com as condições da negociação coletiva”, referiu Passos Coelho.

Passos Coelho comprometeu-se a melhorar o Salário Mínimo Nacional e diz que o Governo está disposto a um esforço maior nas negociações com os parceiros sociais.

O primeiro-ministro disse ainda que o Governo está «disponível para fazer concessões», acrescentando que aguarda também que a mesma disponibilidade seja manifestada pelos parceiros sociais.

«Precisamos de mostrar uma grande abertura para esse diálogo na medida em que isso só reforça as condições de confiança da nossa recuperação enquanto país e, portanto, beneficiamos todos», indicou.

Líder da UGT vai bater-se pelo aumento do salário mínimo «até às últimas consequências»

No primeiro dia do Congresso, este sábado, o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, prometeu que irá bater-se pelo aumento do salário mínimo nacional, defendendo que o Governo tem de arranjar forma de dar mais 15 euros aos portugueses.

«Não podemos deixar cair o aumento do salário mínimo nacional, bater-nos-emos até às últimas consequências», disse Carlos Silva durante a sua intervenção na abertura do 13.º Congresso dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), que decorre em Albufeira, sob o lema «Portugal 2014 - retomar a esperança».

O secretário-geral da UGT considerou que o Governo «tem de fazer mais do que as palavras, dando mais 15 euros aos portugueses, porque o aumento não irá matar a fome a muitas famílias, mas é um sinal positivo e de esperança depois de um largo período de austeridade».

«Depois de três anos de castigos e penalizações temos o direito de olhar para o futuro e exigir o aumento», destacou.

«Não vamos passar do inferno ao paraíso a 17 de maio» mas, «mesmo que a troika não concorde, o Governo tem de arranjar forma de aumentar o salário mínimo nacional», sublinhou Carlos Silva, recordando o aumento da retribuição mínima registado na Alemanha.

O secretário-geral da UGT lembrou que os trabalhadores portugueses que «são tão bons como os trabalhadores alemães», defendendo uma aproximação dos salários a nível europeu.


Carlos Silva apelou também «ao esforço de todos para evitar que Portugal demore 20 anos a colocar-se ao nível europeu em termos de salários», indicando que os portugueses têm de retomar a esperança 40 anos depois do 25 de abril de 1974.

Por: Al-Fachar com RTP, TSF e TVI